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GRUPO DESPORTIVO DA MATA

HISTORIAL

Um grupo de Jovens, aproveitando o canto das janeiras, resolveu, com o dinheiro realizado, formar um Grupo Desportivo para a prática do futebol, que é sonho de todos os jovens, ao qual se propuseram dar o nome de Grupo Desportivo "Os Hermínios".
Compraram umas camisolas e uns calções, sendo as sapatilhas pertença de cada jovem. Com a ajuda do Sr. Francisco Gomes que lhes cedia uma dependência da sua casa para se equiparem, lá foram andando. Aproveitando, um dia, a vinda do Sr. Conde da Covilhã e família resolveram deslocar-se a sua casa a fim de angariarem alguns fundos e ao mesmo tempo convidar o Sr. Conde da Covilhã e sua filha para padrinhos do Grupo, tendo os mesmos adoptado o nome de Grupo Desportivo da Mata, uma vez que se encontravam na encosta da serra, rodeados de muito mato. Assim nasceu o Grupo.
Foi então que um punhado de homens mais maduros, resolveram tomar conta dos destinos do mesmo, formando uma comissão presidida pelo Sr. José Alberto Ramalho.
Os tempos foram passando e o Grupo foi-se desenvolvendo cada vez mais, tendo por ele passado diversos elencos directivos chefiados pelos sócios, senhores António Maria de Jesus Campos, Francisco Monteiro, Fernando Fortuna Girão, Elias da Luz Riscado, que foi sem dúvida nenhuma o grande impulsionador da construção do nosso ringue, com o apoio incondicional do então Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Augusto Lopes Teixeira, e sede, e ao mesmo tempo levou o Grupo a quase todos os cantos do nosso País com a secção de Atletismo que ainda hoje acompanha os destinos do Clube na Presidente da Assembleia Geral. Sob a direcção de Joaquim da Luz Riscado, foi concluída a Sede Social e foi lançado o Futsal (Futebol de Sala) e as Marchas Populares. Hernâni Andrade foi percursor do Futsal e Marchas Populares projectando estas para Cartaz Regional.


Os Putos, o Tichico e o CondeJá não jogavamos com bolas de trapos como a geração anterior. As bolas de borracha já eram corriqueiras, mas o sonho da malta era jogar com a bola de "cochum"! Uma bola verdadeira! Como aquelas que os jogadores do Sporting utilizavam e que nós víamos ali ao lado, no "pelado" do velho "Santos Pinto". Tinham-se feito vários grupos sempre com a ideia de jogar futebol no "basquete", um terreno onde tinha havido em tempos um recinto para jogar basquetebol de que só já restavam as tabelas de ferro e um piso de terra arenosa, onde de vez em quando se esfolavam os joelhos e braços e não raras vezes as calças e as botas sofriam mais que os ralhos e açoites dos nossos pais. Já se tinham feito e desfeito vários grupos que tiveram uma característica comum: a compra da bola. Toda a malta se cotizava e escudo a escudo e lá se arranjava dinheiro para a bola e quando houvesse mais dinheiro comprar-se ia o restante equipamento... só que o grupo nunca chegava aos seus objectivos... porque entretanto a bola rebentava ou era "embarcada"... e então o grupo também "rebentava"! Mas daquela vez a malta estava determinada, queria mais... Bola verdadeira, chuteiras a sério, camisolas, calções, directores etc., etc., mas onde arranjar tanto dinheiro? Eram tempos difíceis, quem não se lembra dos cromos da bola em rebuçados de meio tostão, comprados na taberna do "Zé dos Tamancos", que o pessoal coleccionava e trocava como um bem precioso?! Ora por aquela época (Setembro/Outubro), o Conde da Covilhã vinha passar alguns dias à sua quinta um pouco mais acima da "curva larga". Sabíamos que o Conde cá estava quando à noite toda a quinta ficava iluminada. Então alguém lembrou que o aristocrata tinha, em tempos apadrinhado a fundação de uma colectividade covilhanense: "Os Leões da Floresta". Porque é que também não nos poderia apoiar a nós que até morávamos ali e éramos seus vizinhos? Boa Ideia! Todos concordaram. Mas como chegar até ele? Foi então que apareceu, para dar credibilidade à ideia o "Tichico Tropas", o saudoso Francisco Gomes, que concordou com a ideia e lá mexeu os cordelinhos com o Sr Barata, guarda-rendeiro da quinta do Conde e conseguiu que aquele titular nos recebesse. No dia aprazado ao fim de uma tarde quente, lá rumamos até à quinta levando à frente o Tichico e o treinador "Beto". O Conde da Covilhã, recebeu-nos na esplanada que dava para o jardim da mansão. Estava sentado numa poltrona rodeado de um grande séquito de familiares e amigos.
- Então digam lá! Disse o Conde.
E o Tichico, o nosso porta voz, disse :
- Saiba Vossa Excelência que são um grupo de miúdos que querem fundar um clube aqui bem perto para praticar desporto e pedem ao Senhor Doutor, perdão, ao Senhor Conde, que os ajude e dê um nome ao Grupo que criaram.
- Eu também sou doutor: Disse o Conde, respondendo ao pretenso engano do título. Um nome?.... bem estamos aqui na floresta, mas floresta já há um grupo... floresta... pinheiros... Alguém do aristocrático grupo disse: Mata. - Mata!...- Isso mesmo! Disse o Conde.
- Grupo... Desportivo da mata!
E assim ficou. Logo de seguida foi mandado servir uma merenda que a malta apreciou e fomos jogar futebol para o campo de ténis.
Quando acabamos estávamos felizes. Tínhamos trazido um nome e o dinheiro necessário, salvo erro, dois contos!
Era o princípio!...
Já lá vão 51 Anos

CONTACTOS
Grupo Desportivo da Mata
Parque Alexandre Aibéo, 12, 6200-000 Covilhã
Telefone: Serviços Administrativos: 275 33 44 11 - Geral: 275 32 24 34
Fax: 275 33 44 11
E-mail: gdmata@netvisao.pt

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